Rodrigo Strauss :: Blog
Meu caso com o Python, parte 1
Acredito que vocês têm percebido que, além de tudo que eu falo, faço e escrevo usando C++, eu tenho falado bastante sobre Python. Além de falar eu tenho estudado muito Python de um ano pra cá, e em alguns projetos tenho usado mais Python do que C++. Como isso foi uma mudança grande para mim, acho que essa experiência pode ser aproveitada por mais pessoas.
Acredito que a maioria dos programadores usam scripts para automatizar tarefas repetitivas. Para algumas tarefas, talvez teria sido melhor fazer um programa completo e compilado, mas foi mais simples migrar um .BAT para um .VBS (ou usar shell script de uma vez...) e ficar remendando ele resolver o problema. Até que você encontra um grande problema: quando seu script começa a ficar maior e mais complexo, você acaba batendo toda hora nos limites das linguagens (foi isso que me fez pular do VB6 para o C++). Tendo esse problema algumas vezes, e lendo sobre todo o hype em cima das ditas linguagens dinâmicas, resolvi estudar se haviam realmente linguagens de script com mais poder de fogo.
Depois de uma pequena procura cheguei a conclusão que haviam dois candidatos: Python e Ruby. Estudando a linguagem pura e simplesmente, achei o Ruby melhor. Comecei a estudar Ruby enquanto lia mais sobre Python. Mas uma coisa muito importante me fez decidir pelo Python: suporte, literatura e bibliotecas. Apesar do Ruby estar crescendo devido ao Ruby On Rails (e ao ótimo marketing do seu criador), o Python já era usado pelo Google, NASA, e por muita gente no Source Forge. Então, por razões mais mercadológicas que puristas, escolhi o Python.
A melhor forma de se estudar uma linguagem é determinar um projeto e trabalhar nele. Essa história de ficar lendo tutorial e fazendo exercícios simples não é lá de muita valia. Foi então que eu decidi migram um script VBScript que eu usava para compilar meus projetos Visual C++ para Python. Esse script encontrava o número de revisão do Subversion, mudava o arquivo de resource para colocar a revisão no FILEVERSION e compilava o projeto. Resultado: 120 linhas de código VBS se transformaram em 20 linhas de código Python. E o código ficou mais claro e mais eficiente. Percebi que fiz uma boa escolha, e isso me animou a migrar outros scripts para Python e a passar o dia com o console Python aberto para automatizar tarefas simples.
continua...
Em 20/02/2007 12:30, por Rodrigo Strauss





Olá, Rodrigo,
Caminho em direção contrária: sou programador Python e agora ando estudando C++. Não quero largar Python, por ser bastante satisfatória para mim, numa boa parte dos casos. Minha curiosidade é jogos e nada melhor que a comunicadade C++ para investigar. Sei que algumas empresas de jogos usam Python como linguagem de scripting e isso é bastante animador.
Sua explanação de como chegou até Python foi muito boa, e parece ser o caso mais comum: escolher uma linguagem para escrever scripts.
Parabéns pelo conteúdo de seu blog.